segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Johann Baptist Metz - Jesus é uma memória perigosa da humanidade

Fotografia de Fernando Veludo

Jesus aponta a ideia de compaixão, enquanto sensibilidade ao sofrimento dos outros, como a missão essencial dos cristãos, diz Johann Baptist Metz, um dos mais destacados teólogos católicos contemporâneos. «Se percebêssemos isso como cristãos, hoje, essa seria a nossa memória perigosa.»
Iniciador de perspectivas como a teologia política e inspirador da teologia da libertação latino-americana, Johann Baptist Metz foi um dos teólogos que mais influenciaram o Concílio Vaticano II e é um dos mais importantes nomes da teologia actual, a par do actual Papa Bento XVI, de quem foi colega enquanto professor, ou Hans Küng. Um dos seus melhores amigos, diz o próprio, é Gustavo Gutiérrez, teólogo peruano, autor de Teologia da Libertação, o livro que baptizou a corrente latino-americana que advoga a proximidade da Igreja para com os mais pobres.
Nascido em 1928, Metz foi aluno de Karl Rahner, outro dos nomes grandes da teologia do século XX. Inspirador da teologia da libertação pela sua reflexão sobre a teologia política, diz que o catolicismo deve entender a libertação como a sensibilidade prática ao sofrimento dos outros.
Padre, professor universitário emérito em Münster (norte da Alemanha), alguns dos conceitos mais importantes das suas obras são a memória perigosa, o sofrimento dos outros, a solidariedade e a narrativa. Fundador da revista Concilium, onde publicou dezenas de artigos, é autor de obras como Memoria Passionis; Political Theology; Hope Against Hope: Johann Baptist Metz and Elie Wiesel Speak Out on the Holocaust; Faith and the Future: Essays on Theology, Solidarity and Modernity (colecção de artigos com Jürgen Moltmann); A Passion for God: The Mystical-Political Dimension of Christianity; In the Pluralism of Religious and Cultural Worlds: Notes Toward a Theological and Political Program; The Emergent Church.





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